"...E as teias que vidram nas janelas

esperam um barco parecido com elas

Não tenho barqueiro nem hei-de remar

Procuro caminhos novos para andar



E É a pronúncia do Norte

Corre um rio para o mar..."


quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Feliz Natal



Para todos vós, os meus votos de um Santo e Feliz Natal na companhia daqueles que vos são mais queridos !

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Natal Portuense - Sons Made in Porto

Mais sugestões de prendas natalícia, novamente com o selo de qualidade Made in Porto, como não podia deixar de ser!

Desta vez irei sugerir 3 cd’s editados este ano por bandas portuenses, cada uma, dentro do seu estilo, referências no que bom se vai fazendo na indústria musical portuguesa.



Começando pelo rock, penso que qualquer amante deste estilo não ficará defraudado com o novo cd dos Blind Zero, liderados pelo carismático Miguel Guedes, que embora tenha uma sonoridade mais pop e alegre que os registos anteriores da banda, não deixa de ser um disco repletos de belas canções. Para além dos singles já editados ("Snow Girl" e "Slow Time Love") e que rodaram com insistência nas rádios, “Luna Park” possibilita a audição de momentos como “Hanging Wall”, “Loose Ends” ou “Back to the fire”. No albúm homogéneo, onde praticamente todas as canções têm conteúdo para ser singles, “Luna Park” revela-se um disco que se ouve com prazer.



Numa área mais pop, estão com qualidade assinalável há mais de 30 anos, os grandes GNR conduzidos por um dos artistas portugueses mais genialmente provocadores que dá pelo nome de Rui Reininho. “Retropolitana” procura marcar, tal como o trocadilho com o nome do álbum quer demonstrar, o regresso dos GNR ao que de melhor fizeram nos anos 80 e inícios dos anos 90. Quem ouvir “Clube dos Encalhados” ou “Outra X”, por exemplo, sentirá que esse regresso foi de facto conseguido, e o álbum mais recente dos GNR é sem sombra de dúvida um dos melhores da banda nos últimos 15 anos e onde Rui Reininho continua a mostrar o poeta provocador que existe dentro no seu interior.



Novo género musical e nova banda portuense que dá cartas: não é à toa que os Mind da Gap são considerados os pais do Hip-Hop português. Com o novo álbum, “A Essência”, os Mind da Gap sobem mais um degrau na excelência musical e lançam aquele que para mim é o registo mais completo, equilibrado e interessante da sua carreira. Com letras acutilantes e bem escritas e com uma sonoridade exemplar e homogénea, o colectivo portuense mostra mais uma vez que o seu talento é incomparavelmente maior que determinados artistas estrangeiros que incompreensivelmente conseguem vender mais que no nosso país. Se puderem espreitem “A Essência”, “Sintonia” ou “Carpe Diem” e já ficam com uma ideia claro do que podem esperar neste álbum.

3 grandes bandas portuenses...3 expoentes da música nacional...É só meter os cd’s a rodar e curtir o som...Momentos de prazer musical estão certamente garantidos.

Boas músicas !!!

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Natal Portuense - Porto em azul e branco



Ontem começou o Advento e com ele aquele o corrupio próprio de uma época do ano onde se tenta esquecer a crise e presentear as pessoas que mais nos dizem com mimos natalícios. Neste blog, e na rubrica Natal Portuense, irei sugerir algumas prendas, que como não podia deixar de ser, estão umbilicalmente associadas à Mui Nobre e Leal Cidade Invicta.

No passeio que dei ontem pela Baixa, dei de caras, nas livrarias que visitei, com um livro da autoria de Hélder Pacheco, intitulado “Porto em azul e branco”, editado pelas Edições Afrontamento. Para apresentar o livro, nada melhor a descrição que encontrei no blog do autor : Crónicas sobre o Futebol Clube do Porto, escritas por um autor que não só não nega a sua condição de aficcionado, como, simultaneamente, faz dela parte da sua identidade. Aqui podemos encontrar as memórias do autor, as glórias do clube, misturadas com os pregões que os adeptos vão soltando durante as partidas.

Hélder Pacheco é autor de algumas das mais importantes obras sobre a cidade do Porto, além de escrever regularmente em jornais e revistas. Natural de freguesia da Vitória, é actualmente professor de História Social e Cultural do Porto, investigador das culturas populares do Porto e escritor e cronista do Jornal de Notícias e da revista Sítios e Memórias.

Folheando o manuscrito em questão e observando atentamente as fotografias, fui desportivamente invadido por uma onda de nostalgia dos inúmeros jogos presenciados in-loco no mítico Estádio das Antas e acometido igualmente por uma vontade imensa de recuar imediatamente no tempo, para uma altura em que a apesar de algumas dificuldades, a felicidade e a alegria imperavam nos mais diversos sectores da sociedade portuense.

Em relação à prosa de Hélder Pacheco, não posso emitir uma opinião visto que apenas me deliciei a observar as referidas fotos, mas não tenho dúvida que a qualidade dos textos será idêntica à das fotografias, pelo não hesito em recomendar este livro a todos os que gostam de futebol, de história e principalmente a todos aqueles que têm o seu coração tatuado eternamente com o símbolo do mais apaixonante clube de Portugal.

O blog do autor pode ser encontrado aqui. Nele é possível encontrar a capa do livro, que também reproduzo como ilustração deste post, que permitirá facilmente identificar o livro numa livraria perto de si. Por exemplo, na Livraria Lello e na renovada Livraria Latina, é fácil encontrar o livro, pois a este é dado o destaque merecido. Em relação ao preço, posso assegurar que ronda os 30€.

Boas leituras.