"...E as teias que vidram nas janelas

esperam um barco parecido com elas

Não tenho barqueiro nem hei-de remar

Procuro caminhos novos para andar



E É a pronúncia do Norte

Corre um rio para o mar..."


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Natal Portuense - Sons Made in Porto

Mais sugestões de prendas natalícia, novamente com o selo de qualidade Made in Porto, como não podia deixar de ser!

Desta vez irei sugerir 3 cd’s editados este ano por bandas portuenses, cada uma, dentro do seu estilo, referências no que bom se vai fazendo na indústria musical portuguesa.



Começando pelo rock, penso que qualquer amante deste estilo não ficará defraudado com o novo cd dos Blind Zero, liderados pelo carismático Miguel Guedes, que embora tenha uma sonoridade mais pop e alegre que os registos anteriores da banda, não deixa de ser um disco repletos de belas canções. Para além dos singles já editados ("Snow Girl" e "Slow Time Love") e que rodaram com insistência nas rádios, “Luna Park” possibilita a audição de momentos como “Hanging Wall”, “Loose Ends” ou “Back to the fire”. No albúm homogéneo, onde praticamente todas as canções têm conteúdo para ser singles, “Luna Park” revela-se um disco que se ouve com prazer.



Numa área mais pop, estão com qualidade assinalável há mais de 30 anos, os grandes GNR conduzidos por um dos artistas portugueses mais genialmente provocadores que dá pelo nome de Rui Reininho. “Retropolitana” procura marcar, tal como o trocadilho com o nome do álbum quer demonstrar, o regresso dos GNR ao que de melhor fizeram nos anos 80 e inícios dos anos 90. Quem ouvir “Clube dos Encalhados” ou “Outra X”, por exemplo, sentirá que esse regresso foi de facto conseguido, e o álbum mais recente dos GNR é sem sombra de dúvida um dos melhores da banda nos últimos 15 anos e onde Rui Reininho continua a mostrar o poeta provocador que existe dentro no seu interior.



Novo género musical e nova banda portuense que dá cartas: não é à toa que os Mind da Gap são considerados os pais do Hip-Hop português. Com o novo álbum, “A Essência”, os Mind da Gap sobem mais um degrau na excelência musical e lançam aquele que para mim é o registo mais completo, equilibrado e interessante da sua carreira. Com letras acutilantes e bem escritas e com uma sonoridade exemplar e homogénea, o colectivo portuense mostra mais uma vez que o seu talento é incomparavelmente maior que determinados artistas estrangeiros que incompreensivelmente conseguem vender mais que no nosso país. Se puderem espreitem “A Essência”, “Sintonia” ou “Carpe Diem” e já ficam com uma ideia claro do que podem esperar neste álbum.

3 grandes bandas portuenses...3 expoentes da música nacional...É só meter os cd’s a rodar e curtir o som...Momentos de prazer musical estão certamente garantidos.

Boas músicas !!!

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