"...E as teias que vidram nas janelas

esperam um barco parecido com elas

Não tenho barqueiro nem hei-de remar

Procuro caminhos novos para andar



E É a pronúncia do Norte

Corre um rio para o mar..."


segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Tempo...o cruel inimigo do sonho ?

“Porque o tempo é tão implacável, roubando-nos as oportunidades se não formos suficientemente rápidos para agarrá-las imediatamente?” (Liv Ulmann)



Domingo, 6 de Setembro de 2010 será uma data que jamais esquecerei.

Religiosamente e com esperança em assistir a mais um momento histórico e de glória para a cidade do Porto e para a sua colectividade desportiva mais representativa e amada, desloquei-me com a minha cara metade ao Dragão Caixa para assistir à última jornada do Torneio de Qualificação para a fase de grupos da Liga dos Campeões de andebol.

Impossibilitado, por motivos alheios à minha vontade de comparecer aos primeiros jogos deste torneio, foi com moderada satisfação que fui tomando conhecimento dos resultados do FCP nos jogos anteriores. Uma vitória e um empate deixaram tudo adiado para o último dia do Torneio.

A entrada no pavilhão, perto da hora aprazada para o início do desafio, já deixava transparecer o ambiente memorável que se prolongou quase durante 2 horas. Durante todo o jogo, o pavilhão lotado, não se cansou de apoiar os seus atletas, o seu clube e a sua Cidade! Vivi, e penso que felizmente não terei sido o único, momentos de exacerbada paixão clubística e terminei o jogo rouco de tanto gritar!

Escrevinhar algo sobre o sucedido ontem, poderá ser um bálsamo para amenizar a frustração sentida com o não atingir dos objectivos, especialmente quando eles tiveram a milésimos de segundo de se concretizar. Penso que é em momentos como este que paramos um bocadinho para pensar e nos damos conta do quanto qualquer instante da nossa vida e das nossas acções é de importância vital na nossa existência.

Uma fracção de tempo pode fazer de nós heróis ou vilões, pode-nos fazer alcançar o negócio de uma vida ou mergulhar num mar de dívidas sufocante. O tempo, implacável no seu movimento repetitivo e monótono, nunca volta para trás, mesmo que desejemos apagar nem que seja um milésimo de segundo. Pelo contrário, a inflexível linha temporal, a cada milésimo que avança vai-se imiscuindo no nosso ADN, ajudando a moldar a nossa personalidade e o nosso lugar no mundo.

Foi por um milésimo que ontem a Cidade não festejou um feito importante para o desporto portuense e nacional, um milésimo que entrou no nosso espírito e na nossa mente e dela já não sairá.

Obrigado a todos (atletas, treinador e adeptos) que ontem souberam demonstrar inequivocamente a fibra de lutadores, trabalhadores e campeões de que são feitos os verdadeiros portuenses!

3 comentários:

  1. Estive na sexta e no sábado, ontem, por razões de ordem pessoal não fui e só vi os últimos 15 segundos na televisão. Que sofrimento! Mas a reacção do Pavilhão à eliminação, o gritar Porto, Porto, Porto!, naquela hora, fez-me ficar com pele de galinha e a tristeza da derrota foi atenuada, quase passou e veio ao de cima o orgulho em ser Dragão.

    Um abraço

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  2. Boas,
    O FCPorto mostrou sempre a sua raça de querer ganhar e poder entrar na Champions, mas isso não foi possível mas fica registado o esforça que os nossos rapazes fizeram.

    abraço

    http://campeoesfcporto.blogspot.com/

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  3. @Dragão Vila Pouca
    @Tiago

    Obrigado por comentarem.
    Nós portistas, mostramos mais uma vez o quanto sabemos acarinhar quem honra a camisola nas diversas modalidades que felizmente dão ao nosso FCP um cariz eclético que nunca deverá perder!

    Abraço azul e branco

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